Dai que eu me apaixonei. Pelo primeiro que apareceu. E não
consigo mais nada. Nem dormir, nem comer, nem estudar. Passei o dia ilustrando
e escrevendo, ouvindo música, me ... criando.
Vejo a foto dele e faço uma oração. “Meu Deus, traz esse homem pra mim!!” Não tem muita explicação... Seduzo
com esse arzinho pueril. Esfrego meu corpo no de alguém que não faz idéia das
minhas contravenções.
Era amor demais sufocado no peito. Uma represa que explodiu.
Acordei do coma... essas coisas.
Foi com ele ou seria com qualquer outro. Ele foi uma dica do
destino. “Mira ali”... acertei!
É que comigo as coisas são sempre assim. Penso muito o tempo
todo, faço análise desde criança e ainda não aprendi que comigo nada faz
sentido tudo é sentido.
Eu sinto o que preciso fazer na hora em que é preciso
intervenção.
Minha cretinice me aproxima do indizível, do divino, do dono
das regras.
Deus é um sacana que se apaixonou pela minha cara de pau.
Perdulária, perdigueira, inadimplente.
Sigo cometendo pequenos delitos morais só pra provar que lá
em cima tem alguém que sempre rouba a meu favor.