quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

terceiro trimestre

Eu sinceramente já perdi as contas. Estamos com 35 semanas. Ou 36. Acredito que é o oitavo mês de gestação, mas não posso afirmar com toda a certeza por que pra mim parece que estamos estacionados aqui a mais ou menos oito anos. Ou uma década. 
Não sei o que houve mas o tempo parou de passar. Os dias até que passam ligeiro, mas cadê que Miguel vem? 
As coisas estão quase todas prontas. Quarto pintado, móveis montados, roupinhas lavadas (graças a vovó Conceição Marques) e toda a sorte de tranqueiras aparentemente essenciais para a sobrevivência do bebê fora do bucho devidamente compradas ou ganhadas (muito obrigada a todos os amigos e parentes, Miguel já tem mais coisas e roupas que eu e o pai dele juntos). 
Meus seios já pingam leite. O plano de parto está quase pronto. 
Maternidade escolhida. Equipe completa.
Nossa casa toda organizada. Com direito a um quadro com horários e telefones de todas as escolas onde Rafa dá aula, para que eu possa ligar quando entrar em trabalho de parto.
Mas bebê que é bom... nada.
Então eu espero, né? Todo dia. Todas as horas.
Pra não ficar presa nessa expectativa louca, tenho aceitado todo convite que me fazem, toda proposta, qualquer desculpa pra sair de casa e fazer algo diferente de esperar está sendo muito bem vinda. 
E na outra parte do tempo eu falo com Miguel. Sempre falei, mas agora... é um papo interminável, discutimos política, esporte, religião, fofoca, relacionamentos amorosos... Passo o dia inteiro interagindo com o meu bichinho. Ás vezes ponho o som bem alto (pra garantir que ele vai ouvir) e o chamo pra dançar. Curiosamente, Miguel tem mostrado predileção por ritmos latinos e System of a Down. É colocar Capim Cubano ou Shop Suey pra tocar que ele se agita todo. Então eu boto, né? Gosto não se discute. 
...
Já disse a vocês que nove meses é tempo demais? 
É sim.
Mas pensando bem... Agora nós já conseguimos nos relacionar com nosso bebê. Rafa dá tchau pra ele todo dia antes de ir trabalhar. E desembestei de um jeito que tenho certeza que assim que ele aprender a falar vai me dizer "por favor mamãe, cala a boca". 
...
Está tudo dando certo. Só falta o resto de nossas vidas. 
Veeeem, meu bebê!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

terceiro trimestre

Eu sinceramente já perdi as contas. Estamos com 35 semanas. Ou 36. Acredito que é o oitavo mês de gestação, mas não posso afirmar com toda a certeza por que pra mim parece que estamos estacionados aqui a mais ou menos oito anos. Ou uma década. 
Não sei o que houve mas o tempo parou de passar. Os dias até que passam ligeiro, mas cadê que Miguel vem? 
As coisas estão quase todas prontas. Quarto pintado, móveis montados, roupinhas lavadas (graças a vovó Conceição Marques) e toda a sorte de tranqueiras aparentemente essenciais para a sobrevivência do bebê fora do bucho devidamente compradas ou ganhadas (muito obrigada a todos os amigos e parentes, Miguel já tem mais coisas e roupas que eu e o pai dele juntos). 
Meus seios já pingam leite. O plano de parto está quase pronto. 
Maternidade escolhida. Equipe completa.
Nossa casa toda organizada. Com direito a um quadro com horários e telefones de todas as escolas onde Rafa dá aula, para que eu possa ligar quando entrar em trabalho de parto.
Mas bebê que é bom... nada.
Então eu espero, né? Todo dia. Todas as horas.
Pra não ficar presa nessa expectativa louca, tenho aceitado todo convite que me fazem, toda proposta, qualquer desculpa pra sair de casa e fazer algo diferente de esperar está sendo muito bem vinda. 
E na outra parte do tempo eu falo com Miguel. Sempre falei, mas agora... é um papo interminável, discutimos política, esporte, religião, fofoca, relacionamentos amorosos... Passo o dia inteiro interagindo com o meu bichinho. Ás vezes ponho o som bem alto (pra garantir que ele vai ouvir) e o chamo pra dançar. Curiosamente, Miguel tem mostrado predileção por ritmos latinos e System of a Down. É colocar Capim Cubano ou Shop Suey pra tocar que ele se agita todo. Então eu boto, né? Gosto não se discute. 
...
Já disse a vocês que nove meses é tempo demais? 
É sim.
Mas pensando bem... Agora nós já conseguimos nos relacionar com nosso bebê. Rafa dá tchau pra ele todo dia antes de ir trabalhar. E desembestei de um jeito que tenho certeza que assim que ele aprender a falar vai me dizer "por favor mamãe, cala a boca". 
...
Está tudo dando certo. Só falta o resto de nossas vidas. 
Veeeem, meu bebê!