Sempre vi o ato de escrever como uma forma de diálogo. E durante muito tempo eu conversei só comigo. Nos temíveis diários de adolescente eu escrevia, lia, apagava, reescrevia, sem a menor cerimônia, num diálogo entre quem eu era quando escrevi e quem eu era quando lia novamente, depois de certo tempo. Parece coisa de quem estuda filosofia (e eu estudo), mas quem escreve vai concordar comigo, que ás vezes aquilo que no momento parece uma obra prima, lá na frente causa um constrangimento enorme mesmo que seja só você mesmo lendo. Por isso, resisti tanto a fazer um blog, tornar esse constrangimento público exige uma coragem que eu, definitivamente, não tinha. Mas hoje, com um pouco menos de vergonha na cara e um tanto mais de maturidade eu tenho. Pois é, agora essa conversa se estende a quem quiser ouvir.
“eu só escrevo quando eu quero, eu sou uma amadora e faço questão de continuar a ser amadora. profissional é aquele que tem uma obrigação consigo mesmo de escrever, ou então em relação ao outro. agora, eu faço questão de não ser profissional, para manter minha liberdade.”Bem vindos!
Clarisse Lispector
update: O blog que eu usava antes no wordpress estava me deixando loca. Então eu resolvi migrar pra cá e infelizmente, o nome do blog teve que mudar, aparentemente... não sou só eu que ando "perdendo dentes" por aqui... Enfim, a idéia ainda é a mesma, da música e tal. Espero que as coisas fiquem mais agradáveis aqui no blogspot.
update 2: er... o blog mudou de nome novamente. esquizofrênia, eu curto.
Um beijo
Nenhum comentário:
Postar um comentário